Troque o Produto Interno Bruto pela Felicidade Interna Bruta. elicidade Interna Bruta (FIB) é um indicador sistêmico desenvolvido no Butão, um pequeno país do Himalaia. Ele é baseado na premissa de que o objetivo principal de uma sociedade não deve ser apenas o desenvolvimento econômico, mas também o bem-estar e a felicidade da população. A ideia se espalhou e, hoje, já foi implementada em alguns países, entre eles, o Brasil. Susan Andrews, coordenadora do FIB no país, veio hoje a Goiânia para assinar um convênio com a Prefeitura e esteve na UFG para falar sobre o tema. Susan Andrews explicou que o FIB é resultado de pesquisas: “esse índice não é algo zen, que caiu do céu. Ele é baseado na ciência hedônica”. Segundo a coordenadora, no último um ano e meio, 27.333 artigos foram publicados no mundo sobre o tema felicidade. Essas pesquisas indicaram que pessoas felizes têm sistema imunológico mais forte, maior expectativa de vida, melhor desempenho no trabalho, mais autoestima e até conseguem ganhar mais. “Dinheiro não traz felicidade, mas felicidade traz dinheiro”, ressaltou, bem-humorada. O FIB não pretende substituir o Produto Interno Bruto (PIB), mas sim complementá-lo. “Precisamos de novas métricas porque o PIB não mede os fatores que realmente fazem a vida valer a pena. E essa nova métrica é o FIB”, declarou Susan Andrews. O novo índice propõe uma interação entre as várias dimensões da vida humana e tem nove parâmetros de medição: bem-estar psicológico, saúde, uso do tempo, vitalidade comunitária, educação, meio ambiente, cultura, padrão de vida e governança. Segundo a coordenadora do FIB, levando em conta todos esses fatores podemos almejar um progresso sustentável. A Prefeitura de Goiânia implantará, no ano que vem, um projeto piloto do FIB no bairro Boa Vista. A UFG é parceira do projeto. “A universidade não pode ficar alheia a um projeto como este, não só pelos vários campos de pesquisa, mas também porque os jovens são o carro-chefe desse projeto”, explicou o professor da Faculdade de Letras, Alexandre de Araújo Badim, um dos responsáveis pela vinda de Susan Andrews à UFG.

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